quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Sobre a origem da humanidade, Diop já tinha dado a visão

Cheikh Anta Diop


Na semana passada, alguns meios de comunicação divulgaram que o DNA de um esqueleto de há dez mil anos pode comprovar a existência debritânicos negros. O espanto foi geral, geral para quem ainda não tinha dado importância ao que o senegalês Cheikh Anta Diop já havia falado há muito tempo.

Em suas pesquisas, Diop prova que a humanidade começou na África e, segundo o modelo monogenésico da origem humana, todas as outras raças surgiram como ramos do tronco africano em função de mudanças climáticas e ambientais em várias partes do mundo durante a última Era Glacial. Para os europeus e todos os seus devotos, sempre foi muito difícil aceitar que um negro, africano, pudesse ter provas da origem da humanidade que iam de encontro ao que eles (os donos da verdade) levaram mais de um século para desenvolver e implantar na mente do mundo como a única verdade. 

Para isso, nosso mestre precisou utilizar de todas as ferramentas sólidas para enfrentar a academia europeia e comprovar que todos viemos do continente africano. Porém, só se dá veracidade a alguma descoberta quando é mencionada pelos europeus. Esses teóricos faziam parte da escola poligenésica. O que é isso? Poli significa vários; genésica vem de gênese, que significa origem. Portanto, eles acreditavam na possibilidade de existir várias origens do homem. Eles defendiam a ideia de que apesar de os hominídeos terem nascido na África, ao atingirem a fase de Homo erectus, cinco populações tenham se espalhado pela África, Europa e Ásia. Este pensamento faz com que cada população seja diferente da outra e indica que cada uma teve seu tipo de evolução para o homem moderno, assim distanciando-se uma da outra; obviamente, distanciando África dessa história.

Diop defendia a escola monogenésica (mono = único; genésica vem de gênese, que significa origem). Ele atacou fervorosamente a escola dos europeus provando com eficácia que todas as raças têm a mesma origem, todas elas são ramos do tronco africano. Fósseis com pelo menos 130 mil anos foram encontrados na Etiópia e no Quênia. Os mais antigos fósseis de Homo sapiens sapiens, denominados Homens Grimaldi, que foram encontrados na Europa não tinham mais que 40 mil anos. Eles migraram para a Europa na Era Glacial quando ela estava na fase de um aquecimento temporário que durou cerca de dez mil anos e assim eles colonizaram a maior parte da Eurásia. A estrutura dos crânios desses Grimaldis e dos esqueletos são comprovadamente negroides. Bom, conclui-se que esses Homens Grimaldi, europeus, com traços negroides, eram africanos.

Com a volta da retomada do gelo na região, esses homens passaram por uma adaptação forçada por causa do clima e suas peles foram se despigmentando, resultando no tom de pele claro que os europeus têm hoje. Para entender como se deu o processo de despigmentação na pele, é preciso nos voltarmos ao significado e a função do metabolismo da vitamina D no organismo. Para que esta conversa não fique demasiada cansativa, no próximo post vamos falar como ela funciona no corpo.



Referência:
- Afrocentricidade - uma abordagem epistemológica inovadora - Sankofa 4 - organizado por Elisa Larkin Nascimento

2 comentários:

  1. O europeu , voce pode mostrar todas evidencias cientificas nao aceita este fato

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